quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ingestão de álcool durante gestação de bebês do sexo masculino pode reduzir a concentração do esperma no futuro, segundo publicação da Reunião Anual da ESHRE

Gestantes que bebem álcool durante a gravidez podem reduzir a concentração futura do esperma de seus filhos, segundo nova pesquisa apresentada na 26ª reunião anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (European Society of Human Reproduction and Embryology - ESHRE), que ocorreu em Roma, na Itália, em junho de 2010.

Em estudo observacional, médicos da Dinamarca verificaram que mães que ingeriram 4,5 ou mais drinks por semana durante a gestação reduziram a concentração do esperma de seus filhos. Esta concentração foi medida cerca de vinte anos após as gestações. A contagem de espermatozoides é cerca de um terço mais baixa em comparação a homens que não tiveram exposição ao álcool no período de vida intra-uterino (na gestação). Um drink é a medida de doze gramas de álcool, o equivalente a 330 mL de cerveja, 120 mL de vinho ou 40 mL de destilados.

No estudo foram observadas alterações no volume total do sêmen e na contagem total dos espermatozoides, mas não foram vistas associações entre a exposição intra-uterina ao álcool e o movimento ou a forma dos espermatozoides, ou com qualquer hormônio2 reprodutivo como a testosterona.

Trata-se de um estudo observacional, por isso não se pode dizer com certeza se o álcool é a causa da baixa concentração do esperma, mas o consumo de álcool durante a gestação pode ter um efeito negativo sobre os tecidos de produção fetal de sêmen e na qualidade do esperma no futuro. Este é o primeiro estudo a fazer esta observação e mais pesquisas nesta área são necessárias antes de se estabelecer uma associação causal ou propor limites seguros de ingestão de álcool durante a gestação.

Fonte: European Society of HumanReproduction and Embryology (ESHRE) - Annual Meeting, Roma, Junho de 2010

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